O que a sua tristeza de domingo diz sobre a sua vida?

O que a sua tristeza de domingo diz sobre a sua vida?

Já parou para pensar, que talvez o problema não seja a segunda feira?

Se o domingo à noite traz um aperto no peito, um nó na garganta ou aquela sensação de cansaço inexplicável, talvez seu corpo esteja tentando falar com você. Na correria do dia a dia, nos acostumamos a racionalizar tudo, mas esquecemos que nossas emoções também se manifestam fisicamente.

Na Psicossomática, entendemos que o corpo e a mente não são entidades separadas. Quando reprimimos emoções ou ignoramos nossos desconfortos internos, o corpo assume o papel de mensageiro, expressando o que não conseguimos dizer com palavras.

Onde a tristeza de domingo mora no seu corpo?

Cada pessoa sente de uma forma, mas alguns sinais físicos comuns podem estar ligados à angústia dominical.

Tensão no peito ou respiração curta → pode indicar ansiedade antecipatória e medo do que está por vir.

Dor de cabeça ou cansaço extremo pode ser um reflexo de sobrecarga mental e resistência à rotina.

Dor no estômago ou náusea pode estar relacionada a emoções reprimidas, como insatisfação ou frustração.

Sensação de peso nos ombros pode simbolizar a dificuldade de carregar as responsabilidades da semana.

Esses sintomas podem ser passageiros, mas quando se tornam frequentes, podem revelar algo mais profundo sobre nossa relação com o trabalho, a rotina e até mesmo com a forma como nos percebemos no mundo.

A tristeza de domingo e a sombra na Psicologia Junguiana

Carl Jung nos ensina que aquilo que evitamos olhar acaba nos controlando de forma inconsciente. O silêncio do domingo pode trazer à tona aspectos da nossa sombra – aquelas partes de nós que não queremos ver, como insatisfações, inseguranças e desejos não reconhecidos.

Se ignoramos esses sinais, eles não desaparecem; apenas encontram novas formas de se expressar, seja em sintomas físicos, crises emocionais ou até na dificuldade de encontrar prazer e sentido na vida.

Escutar o Corpo e Transformar a Rotina

O que fazer, então, quando o corpo e a mente parecem estar pedindo socorro todo domingo?

Reconheça o que você sente: Em vez de silenciar a angústia com distrações, experimente acolher seus sentimentos. Pergunte-se: “O que está por trás dessa tristeza?”

Observe seu corpo: Preste atenção nas sensações físicas. Onde mora o incômodo? Como ele se manifesta?

Pratique a escuta ativa do seu corpo: Técnicas como dançaterapia, respiração consciente e movimentos corporais podem ajudar a liberar emoções reprimidas.

Busque mudanças alinhadas ao seu bem-estar: Se a rotina está sufocante, talvez seja o momento de repensar hábitos, relações e escolhas profissionais.

Considere a psicoterapia: Um espaço terapêutico pode ajudar você a compreender melhor esses sinais e transformar a tristeza de domingo em um convite para mudanças mais profundas.

E se a tristeza de domingo fosse um convite?

E se, em vez de temer o domingo à noite, você o visse como um espelho? Como um chamado para olhar para si mesma com mais carinho e atenção?

Seu corpo fala com você o tempo todo. A questão é: você está disposta a escutá-lo?

A psicoterapia pode ser esse espaço de escuta e transformação. Se essa reflexão fez sentido para você, talvez seja o momento de dar esse passo.

Eu te espero,  você vem? ✨

Psicóloga Aline Lisboa
Psicóloga Aline Lisboa
Aline Lisboa Farias, psicóloga graduada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduada em Arteterapia pelo IJEP (Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa). Atualmente, estou em formação como pós-graduanda em Psicossomática Junguiana (Instituto Freedom) e estudante de Psicologia Corporal e dançaterapia, campos que ampliam meu olhar integrativo sobre a saúde mental e o bem-estar. Além disso, sou palestrante, escritora e supervisora clínica, atuando na orientação e desenvolvimento de profissionais da área.

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